MPPE recomenda que peça “O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu” seja mantida na grade do FIG 2018



Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou que a peça “O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu” volte para a grade de programação do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), no Agreste de Pernambuco. A Secretaria Estadual de Cultura e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), decidiu cancelar a apresentação na Mostra de Teatro Alternativa do festival diante da polêmica causada pela atração e da possibilidade de prejuízos das parcerias estratégicas e nobres que o viabilizam.

O MPPE deu um prazo de dez dias para que a Fundarpe e a secretaria se pronunciem sobre todos os pedidos. Caso as recomendações não sejam atendidas, será proposta uma ação de improbidade administrativa.
Segundo a recomendação, o cancelamento da peça "não se encontra devidamente fundamentado no ordenamento jurídico". O texto ainda diz que a obra passou por processo regular de seleção e não tem o propósito de "fazer qualquer ofensa a nenhuma crença".

O MPPE recomenda também que a Fundarpe e a Prefeitura de Garanhuns promovam um diálogo dos responsáveis da peça com o parceiros do FIG. O órgão também sugere que a gestão municipal promova "campanhas em defesa do respeito e não discriminação dos homoafetivos, travestis e transexuais".

No momento do cancelamento da peça, o Governo Municipal de Garanhuns informou por nota que ficou satisfeito de ver que o clamor da sociedade do município em um pedido expresso de respeito à fé cristã, tenha sido ouvido pelo Governo do Estado de Pernambuco, culminando com a suspensão da apresentação do espetáculo "O Evangelho segundo Jesus - a Rainha dos Céus".

A nota diz ainda que, a Prefeitura não é contra a liberdade de expressão artística, mas sim, contra a que essa liberdade não viesse a desrespeitar nenhum símbolo sagrado de uma religião, e de todos os seguidores.
De acordo com a assessoria da Prefeitura, situações como estas ocorrem porque o Festival que é de Garanhuns, é discutido e formatado sem nenhuma participação do povo do município.

Do G1


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