Anitta deu o nome e transformou o Rock in Rio Lisboa em um baile funk


E quem um dia iria imaginar que aquela menina de Honório Gurgel estaria no palco do Rock in Rio em Lisboa? Hoje (24) a malandra estava lá. Aliás ela sozinha, não! O Brasil e, em especial, o Rio de Janeiro desceu em peso. Todos representados por ela: Anitta. Aquela menina que cantava que era meiga e abusada, mostrou, além de um incrível show nível internacional, que nada é impossível. 

Foi assim que eu fiquei quando a vi subir neste palco já vestida com um figurino em homenagem à Carmen Miranda. Logo pensei: vem coisa boa por aí. E veio. Teve intervenção artística com grafite no palco, DJ e os famosos paredões com caixas enormes de som, fazendo uma referência de onde ela começou: nos tempos do Furacão 2000. 

Teve Garota de Ipanema e uma alusão à famosa praia carioca, troca de figurinos, bailarinos de lá mesmo, chegada com mototaxi, “Só Quer Vrau”, mas posso confessar uma coisa? O auge, pra mim, foi quando o palco virou uma ‘favela’. Esse foi o momento que Anitta mostrou suas raízes. “Mais amor por favor”, dizia o telão, nesta semana que um adolescente foi morto na Maré. 



O desabafo daquela que também veio da comunidade foi uma assinatura do que ela estava ali pra fazer: entreter e tentar amenizar as dores deste povo que sofre diariamente. “Hoje é um dia histórico em minha vida. N tem palavras pra agradecer. É o meu Brasil também, é o meu pais que tem gente aqui representando. Quando comecei a cantar, ninguém nunca pensou que eu pudesse ir longe. E hoje é histórico pra mim e pra todos os funkeiros do Brasil que estão vendo nosso ritmo chegar tão longe. Quero que eles se sintam representados. Prometi que o funk ia ser conhecido em outros lugares. To aqui representando todos eles hoje. Vocês não sabem a dificuldade de chegar aqui num dia como hoje e ser recebida da maneira que vocês estão me recebendo”, disse, antes de puxar a famosa frase: “Vocês pensaram que eu não ia rebolar minha bunda hoje?”. 

E Anitta ainda puxou ‘Vai Malandra’, foi acompanhada em coro e encerrou a performance com Show das Poderosas. Daí eu tive um outro olhar e conclui que este momento foi uma espécie de: eu sei das minhas raízes, sei de onde eu vim e porque estou aqui. Posso chegar onde sempre sonhei, mas nunca vou esquecer como tudo começou. 

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