Capitã Marvel estreia nos cinemas


Como todo mundo já sabe, “Capitã Marvel” é o primeiro filme da Marvel protagonizado por uma heroína, e isso definitivamente não é pouco. Mas não é só. Acontece que “Capitã Marvel” é divertido, tem uma personagem incrivelmente carismática — tanto quanto o Tony Stark de Robert Downey Jr., mas sem ser babaca —, e aprofunda questões contemporâneas urgentes. Na história de como a pilota de avião Carol Danvers (Brie Larson) ganha poderes alienígenas, passa anos vivendo em outro planeta com uma raça chamada Kree e depois retorna à Terra para relembrar seu passado e resolver uma rixa entre os tais Kree e os Srull (outro povo ET), os diretores Anna Boden e Ryan Fleck fizeram um ótimo entretenimento sobre refugiados e preconceito.

Sim, já havia política no mundo dos super-heróis, da paranoia destrutiva do pós-11 de Setembro dos “Homem de Ferro” às consequências da exploração dos recursos do planeta de “Guerra infinita”. Dirigido por Anna Boden e Ryan Fleck, “Capitã Marvel” tem uma mensagem de aceitação das diferenças, com foco em imigrantes rejeitados pelo simples fato de serem imigrantes.


Apesar de atual, a trama se passa entre os anos 1980 e 1990 — a ótima trilha sonora e a camiseta do Nine Inch Nails que Carol Danvers usa são de emocionar corações quarentões —, portanto antes de Vingadores, Guardões da Galáxia e Pantera Negra conquistarem os fãs. Há, contudo, um personagem em comum (há mais de um, mas não vamos estragar a surpresa): Nick Fury, interpretado por Samuel L. Jackson, que fica amigo de Carol.
Juntos, eles são a mulher que seguiu uma profissão outrora limitada a rapazes e o homem negro que é o grande estrategista dos filmes da Marvel. É uma dupla das mais incríveis para a garotada entender que, caramba, esses super-heróis enfim são mesmo parecidos com esse nosso mundo real em mutação.

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